Sunday, July 31, 2005

PRESENTE DE GREGO (PARTE 1)

Espanto! Isso é o que tu me legas
No coração, dor e aflição e seco frio
No papel do caderno, versos piegas
Dúvidas! Não é por isso que rio

Eu rio da situação, rio da afeição
É o rio da perversão, caudaloso
Que me leva a ti, cauteloso
Amadurecendo eterno verão

Ah cara! Eu me perdi, realmente me perdi
Por pouco não me estouro numa prosa
Para me justificar, me entender, me aceitar

Me processar qual um computador
Computar realmente toda a dor
E dar de presente para ti, em versos disformes....

Turquia, 1971

Thursday, July 28, 2005

Vê se não fode

Um poema no blog
É a alma ou a rima que explode?

(...)

Vou tentar fazer um poema
Não sei fazer métrica
"Acabar com o dilema" Diz a érica
De preferência num só fonema
O poema já está no meio
E ainda não fez sol
Nem choveu nem entristeceu
Nem passou por um grande amor

Acho que esse poema não vale nada.
Eis a minha obra acabada.


W. com participação de H. e E.

Tuesday, July 19, 2005

A ti, meu amor rejeitado

Historiador
Isto ria a dor
Nisto cria amor
A dor vem do amor
de ser um
detentor de todo
o pior pensamento
Moi! C'est moi!
Quem vem lá!
Atrás da folha
Que não se engana
Com tal gana
Com a hipocrisia
What about you?
What are you gonna do?
Quanto menos tu
Não te vias colocado
No lugar premiado.
What will you do?
Will you say “I LOVE YOU”
Instead of that “I LIKE YOU”


Bubukowski
Belgrado , 1972

Transformação revolucionária da realidade

(Ainda se vive em 2005
ou
Socialismo? só se for libertário)

(*Com toda a contemporaneidade e radicalismo que se tem direito)

Transformação...

Que passa sempre pela consciência
Tangenciando o estudo e a crítica
A culminar numa limpa decência
Da ação governamental e política

O século passado tem muito a ensinar
Erros e acertos que embarcaram nesse milênio
Responsabilidade coletiva e liberdade total
Querem enganar, querem disfarçar... Mas a realidade berra (e borra)
(solta na esquina e presa nos jornais)

O material e a espiritual podem não ser antagônicos
Sua presunção e devassidão a vergonha enterra
Na criança e no inocente morto na guerra

Justifica-se a realidade em textos lacônicos
Tenta-se matar a história e a teoria
Da nossa nada utópica utopia

(Ainda se sonha em 2005)